Desparasitante Externo para Gatos: Proteja Seu Felino

Desparasitante Externo para Gatos: Proteja Seu Felino

Manter a saúde e o bem-estar dos gatos domésticos depende de vários cuidados essenciais, entre os quais a desparasitação externa assume um papel de destaque. Pulgas, carraças e outros parasitas externos não só causam desconforto ao animal como também podem transmitir doenças graves. Neste artigo, vamos explorar em detalhe a importância do desparasitante externo para gatos, desde os diferentes tipos disponíveis no mercado até às melhores práticas de aplicação e prevenção. O objetivo é fornecer informações úteis e aprofundadas que ajudem os tutores felinos a proteger eficazmente os seus animais de estimação.

O que é um desparasitante externo e por que é essencial para o gato?

O desparasitante externo para gatos é um produto desenvolvido para combater infestação por parasitas como pulgas, carraças, piolhos e até ácaros. Estes parasitas alimentam-se do sangue do felino, causando desde comichão e irritação até anemia, reações alérgicas severas e transmissão de doenças zoonóticas, como a bartonelose (frequentemente associada a arranhões de gatos infetados).

Existem várias razões pelas quais a desparasitação externa deve ser integrada na rotina de cuidados regulares do felino:

  • Prevenção de doenças: Muitos parasitas atuam como vetores de vírus e bactérias perigosas.
  • Conforto e bem-estar: Os gatos infestados manifestam comportamentos como coçar, lamber excessivamente ou quedas de pelo.
  • Prevenção de infeções secundárias: Feridas causadas por arranhões ou mordeduras podem infeccionar.
  • Proteção do ambiente doméstico: Pulgas adultas representam apenas 5% da população total; os restantes 95% estão no ambiente (larvas, ovos e pupas).

Portanto, ao proteger o gato, protege-se também o ambiente da casa e, por fim, os próprios humanos, uma vez que algumas destas pragas também conseguem infestar pessoas.

Os desparasitantes externos encontram-se disponíveis sob várias formas:

  • Pipetas (spot-on): Aplicam-se na pele do gato, geralmente na zona da nuca. Estes produtos são eficientes e oferecem proteção de 1 a 12 semanas.
  • Sprays: Muito úteis em infestações agudas e apropriados para uso em gatinhos com menos de 8 semanas, desde que recomendados por um veterinário.
  • Comprimidos: Cada vez mais populares, pois agem a partir da corrente sanguínea, eliminando parasitas que se alimentam do animal.
  • Colares antiparasitários: Libertam substâncias ativas continuamente e proporcionam uma proteção prolongada (alguns até 8 meses).

É fundamental seguir cuidadosamente as indicações de dosagem, frequência de aplicação e restrições de idade e peso. Um erro comum é o uso de produtos destinados a cães em gatos, o que pode ser fatal. Sempre que se tiver dúvidas, deve-se consultar o médico veterinário.

Como escolher o melhor desparasitante externo e boas práticas de aplicação

Escolher o desparasitante externo ideal envolve vários fatores que devem ser considerados para garantir eficácia e segurança. Cada gato é único e o seu estilo de vida, idade, saúde e ambiente determinam as necessidades em termos de proteção antiparasitária.

1. Avaliar o estilo de vida do gato
Gatos que vivem exclusivamente dentro de casa têm um risco reduzido quando comparados aos gatos que têm acesso ao exterior. No entanto, o risco nunca é nulo. É possível que parasitas entrem em casa agarrados às roupas dos donos ou através de outros animais domésticos.

2. Idade e peso do felino
Produtos antiparasitários têm doses específicas consoante o peso do gato. Além disso, certos princípios ativos não são seguros em gatinhos com menos de 8 semanas ou em gatos séniores com problemas renais ou hepáticos.

3. Compatibilidade com outros tratamentos
É comum os gatos estarem a tomar medicamentos para outras condições crónicas. A interação entre princípios ativos pode representar um risco. Por isso, é importante informar sempre o veterinário sobre qualquer outro produto ou suplemento que o animal esteja a utilizar.

4. Considerar a estação do ano
A primavera e o verão são os períodos de maior atividade de parasitas como pulgas e carraças. Porém, em ambientes aquecidos, estes podem manter-se ativos durante o ano todo. Logo, um plano de desparasitação contínuo é muitas vezes necessário.

5. Reação do gato a formas de aplicação
Alguns gatos não toleram bem certas aplicações como sprays ou compressas húmidas. Nestes casos, as pipetas ou comprimidos orais podem ser mais indicados. O importante é adaptar o método consoante o comportamento do animal para evitar stress desnecessário.

Para garantir a eficácia do desparasitante externo, é recomendável seguir algumas boas práticas:

  • Aplicar o produto sempre no mesmo horário e respeitar os intervalos entre doses.
  • Combinar a aplicação externa com uma limpeza profunda dos espaços onde o gato passa mais tempo (mantas, camas, carpetes).
  • Não dar banho ao gato nas 48 horas antes e depois de aplicar a pipeta, salvo indicação contrária no folheto informativo.
  • Observar o animal nas horas seguintes à aplicação para verificar possíveis reações adversas.

Além disso, é aconselhável manter um registo das aplicações para garantir que não se ultrapassam os prazos e para detetar eventuais tendências de reação do organismo do animal ao produto utilizado.

Há também soluções repelentes naturais disponíveis no mercado, com óleos essenciais de lavanda ou citronela. No entanto, o uso destes produtos deve ser cuidadosamente avaliado, pois muitos óleos essenciais são tóxicos para gatos, mesmo em pequenas quantidades.

Por outro lado, recomenda-se sempre a escolha de produtos veterinários com estudos de eficácia comprovada, uma vez que muitas alternativas “naturais” disponíveis online e em lojas não especializadas não têm registo nem certificação e podem representar um risco para a saúde do gato.

Em gatos com alergias ou pele sensível, o veterinário pode recomendar exames dermatológicos antes de encontrar o antiparasitário mais adequado. Além disso, um controlo parasitário eficaz pode ser combinado com tratamentos internos — desparasitantes orais — já que muitos parasitas coexistem interna e externamente.

Em suma, a escolha do desparasitante externo ideal para gatos deve ser feita com critério, considerando as características individuais do animal e o seu ambiente, com o acompanhamento regular de um médico veterinário.

Manter os nossos gatos protegidos contra parasitas externos é mais do que um simples cuidado de rotina — é um pilar essencial para garantir uma vida longa, saudável e confortável. Ao compreender os riscos associados a pulgas, carraças e outros parasitas, bem como ao conhecer os diferentes tipos de desparasitantes externos disponíveis, os donos de felinos têm ao seu alcance as ferramentas para prevenir doenças e assegurar o bem-estar dos seus animais. A escolha do produto certo e a aplicação correta, aliadas à vigilância constante, fazem toda a diferença na proteção do seu gato e do espaço em que vive. Não se esqueça: prevenir é sempre melhor do que remediar.